segunda-feira, 24 de junho de 2013

Brasil: Manifestações e protestos em 12 capitais e centenas de cidades

Brasil: Manifestações e protestos em 12 capitais e centenas de cidades
abaixo video de manifestações em São Paulo mostra a violência até contra a imprensa



Os protestos pelo país atingiram 12 capitais, reuniram mais de 400 mil pessoas e tiveram cenas de violência em sete delas: Rio, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Maceió e Curitiba.
Eles reuniram a maior quantidade de manifestantes desde a mobilização dos caras-pintadas pelo impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992.
Embora tenha havido atos que concentraram mais gente desde então, não tinham esse caráter de protesto.
As manifestações de ontem (17) carregaram diversas bandeiras além de questionar as tarifas do transporte coletivo, a corrupção política, e protestar contra a violência policial em São Paulo durante protestos na semana passada.
Em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, houve ocupação do teto do Congresso. Sedes do Executivo ou Legislativo também foram alvo em São Paulo, Porto Alegre, Rio e Curitiba.
Apesar de as manifestações terem sido pacíficas em parte das 12 capitais, cenas de caos chamaram a atenção principalmente no Rio de Janeiro.


O ato na capital fluminense reuniu mais de 100 mil pessoas e teve um dos confrontos mais violentos do país --com invasão da Assembleia, veículos incendiados e depredados. Policiais foram espancados e alguns dispararam armas de fogo contra manifestantes para resguardar a própria vida.
Em Maceió, um adolescente de 16 anos foi atingido no rosto por um tiro. Hospitalizado, tinha estado estável à noite. O disparo, segundo a polícia, foi feito por um motorista que tentou furar um bloqueio dos manifestantes.


Em Belo Horizonte, a marcha rumo ao Mineirão, onde Nigéria e Taiti se enfrentaram pela Copa das Confederações, reuniu mais de 20 mil pessoas.
Um grupo furou um bloqueio nas proximidades da UFMG e foi recebido com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Manifestantes jogavam pedras.
Gustavo Magalhães Justino, 18, caiu de um viaduto e teve que ser hospitalizado.
Em Porto Alegre, um ônibus foi queimado, houve dezenas de lojas depredadas e saques em um escritório do Estado. Um confronto com a Brigada Militar (a PM gaúcha), que usou bombas de gás lacrimogêneo, ocorreu após a depredação de uma concessionária de veículos.
Em São Paulo, a travessia por balsas entre Santos (SP) e Guarujá (SP) chegou a ser interrompida por uma hora.



Rede Globo foi hostilizada

Os manifestantes que protestaram contra o aumento da tarifa do transporte público no largo da Batata, em São Paulo, expulsaram uma equipe da Rede Globo do ato. O jornalista Caco Barcellos e seus repórteres não conseguiram ficar no protesto, que fechou a avenida Faria Lima. Os manifestantes expulsaram os profissionais com gritos de “Fora Globo” e “Central Globo de Mentiras”.
Militantes identificados com bandeiras de partidos também foram hostilizados por manifestantes. Houve um princípio de briga entre eles. A multidão gritava para filiados de legendas como PSTU, PCO e PCB: “Nenhum partido nos representa”. Os manifestantes também bradavam palavras de ordem, destacando que o protesto “não é comício”. “Sem bandeira”, gritavam.
Meia hora após a confusão, jovens que portavam bandeiras de partidos deixaram o protesto.
Em outras capitais os jornalistas da Globo tiveram de retirar a identificação para conseguirem trabalhar. Ainda em São Paulo, manifestantes cercaram a sede da emissora e protestaram contra a política de manipulação da opinião pública pela empresa.

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